segunda-feira, 23 de junho de 2008

UNIÃO*
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A nascente busca o regato, o regato procura o rio e o rio liga-se ao mar.
A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
A contenda estéril é o resultado da imposição.
A união é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, somente alcançaremos semelhante realização procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.
Aproximar-te sempre que possível do teu irmão pela fé; desamparado, oferecendo-lhe o melhor que puderes, e ele te responderá com a sua melhor parte.
Não admitas que os outros estejam enxergando a vida através de teus olhos.
Honra a cada um deles, com teu gesto de compreensão e serenidade, convencido de que só pelas raízes do entendimento pode você sustentar a árvore da união.
A frente de teus olhos, mil caminhos se desceram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.
Une-te aos outros, sem exigir que os outros se unam a ti.
Procura o que seja útil e belo, santo e sublime e segue adiante.
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...ªª@rthur@raújo*

quarta-feira, 18 de junho de 2008

CHUVA MIÚDA*
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Há esta chuva adormecendo o mundo, atravessando o meu peito ressequido.
Pinga na terra, pinga na minha dor da tua ausência, pinga tudo.
Um torpor que molha o coração e as faz recolher para o interior do meu quarto.
Sou eu este murmúrio de silêncio, sou eu a terra alagada túrgida, este exudado da terra virgem, um corpo amado à beira da vertigem, um momento que a chuva chora e se sente na pele ainda agora.
Sou eu o esvoaçar das aves imprudentes que rompem a bruma em voos rasantes.
Sou o murmúrio esquecido das fontes porque neste dia a chuva lança no meu peito um manto de chuva e silêncio. Se alguma paz no mundo houver, serei eu a sua semente plantada em cada ventre de mulher porque... no meu olhar permanecem ainda dois corpos reclusos na luz da aurora, despertando em alagados silêncios e a chuva como lençol único, imenso, um murmúrio de mãos que se estendem e o calor derramado pelo leito, um estio ali desfeito ali nutrido, no refúgio onde as feras apaziguam seus medos.E porém as palavras não tangem sequer de perto o tempo dos amantes que ondeia numa praça sem nome, uma praça numa cidade meridional cheia de gente onde o amor sangrou as fontes e um homem e uma mulher foram um só grito, uma só semente. As palavras nunca resumem o perfume dos corpos quentes tatuados de estrelas nas noites cintilantes.
Apenas o silêncio resplandece de aromas quando um homem e uma mulher se tocam e se fazem uma só cor numa só pele. Nuvens de algodão sereno, cascatas de luz nos sentidos, quando um corpo verte noutro todo o seu ser em forma de fluidos.Sim, tudo hoje em mim está suspenso, menos estes vestígios que recolho e sob a chuva miúda cantando purifico. O amor é este apaziguamento do mundo no interior dos nossos olhos.
Uma chuva de silêncio nas ilhas encantas mudas onde o olhar se prende.Viver num dia assim os vestígios intemporais do amor é deixar o mundo seguir lesto no seu rumo sem sentido, sem erguer diques para contê-lo. Soltar a voz e deixá-la enrouquecer de paixão, cobrindo a nudez dos dias com um manto de pureza, belo.É decantar na chuva o pensamento, viver nos intervalos da memória e planar assim no rumor do silêncio, ser a própria chuva que nos vidros rola, ser o espírito do amor em bátegas leves, mudas e inquietas, de um coração que outro aflora.
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...ªª@rthur@raújo*
ERGAMO-NOS*
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Fazer todo o bem passível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.
Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos, crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas, a preocupação da posse lhes absorve a existência.
Percebem, mas não ouvem, informa-se, mas não entendem.Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhado no jogo das formas perecíveis.
Por tudo isso tente:Emprestar sem exigir retribuições.Amar os próprios adversários.
Desculpar incessantemente e ajudar aos caluniadores e aos maus.
Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.
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...ªª@rthur@raújo*

quinta-feira, 12 de junho de 2008

sábado, 7 de junho de 2008

MOTIVOS DE SER BOM*
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Entre um ramo de flores que lhe jogam no rosto,ou um botão de flôr que lhe oferecem com carinho,seguramente você preferirá o segundo.
Se realiza as coisas de sua vida com amor e por amor,ninguém lhe perguntará o que foi que fez,mas, pelo contrário, se fixarão no amor com que você fez.
É bom fazer o que Deus quer; mas talvez seja melhor e custe mais,querer o que Deus faz.
Ninguém lhe perguntará; tampouco Deus,que não se fixa tanto no que fazemos,mas no amor com que fazemos.
Por estes motivos, façamos o possível para unir a nossa fé a virtude,e o amor fraterno a caridade.
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...ªª@rthur@raújo*
Comprometa-se...
Envolva-se...
Participe...
Vivemos hoje dias em que o ser humano não quer compromissos.
A liberdade que Deus concedeu ao ser humano, não é determinar o que é bom e o que é mau, certo ou errado.
Deus reserva para Si esse direito.
Os braços de Jesus estão abertos em forma de cruz,prontos para recebê-lo, se você, arrependido correr para eles.
Existem milhares de pessoas solitárias no mundo.
Embora rodeado de amigos(as) e familiares,o ser humano traz um instinto de "falta".
Falta alguma coisa...
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...ªª@rthur@raújo*

quarta-feira, 4 de junho de 2008

NA CRUZ*
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Ële salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se". (Mateus 27:42)
Era o Salvador, e não se salvara...

Era o Príncipe da Paz, e achava-se vencido pela guerra dos interesses inferiores.Sim!...
Ële redimira a muitos.Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra.
Suplicado, mas de braços abertos.
Entendera o amor e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos.
Era justo e padecia a suprema injustiça.
Entretanto, para Ële mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Jazia o Senhor flagelado e vencido.
Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao amor, caíra, todavia, na cruz, sangrando mas de pé, para o consenso humano era a extrema perda.
Cristo Senhor Jesus; tombara, vilipendio e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina, convertia-se a derrota escura em vitória resplandecente. Cobria-se o lenho afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira.
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...ªª@rthur@raújo*

segunda-feira, 2 de junho de 2008

LEMBRANÇAS*
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É o som dos teus passos a afastarem-se de mim, que mantenho fielmente ecoando pelo gravador da minha memória.
É o peso das horas que já não são, dos minutos que gotejam rápido da torneira do tempo, dos dias que já lá vão.
É o caminho que já não me lembro, com destino às horas que já me esqueci, são as chegadas e principalmente as partidas, tudo é pretérito, só o som dos teus passos a afastarem-se é que não.
E os pequenos nadas? que me preencheram, que me obrigaram a esboçar pequenos esgares de felicidade.
E a escola da vida que eu vivi? tudo, tudo eu já desaprendi, apenas o som dos teus passos a afastarem-se; são agora a minha história.
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...ªª@rthur@raújo*