sábado, 30 de agosto de 2008

A Arte de Criar.
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A poesia flui dentro das veias, como o sangue de Cristo ao ver a cruz.
Ela não tem que pedir permissão, para fazê-lo enxergar a sua luz.
A poesia faz do homem, pássaro, e então enche de música a sua boca.
Ela nos desperta a realidade, mesmo sendo a realidade, louca.
Poesia é luminosidade, nós dois deitados sob o sol, na praia.
Que nada prive-me da liberdade, e que a poesia nunca se esvaia!
A poesia permite que o homem, ouça as batidas de seu coração.
Como nos versos heróicos de Homero, de mares ressonantes, a canção.
A poesia faz-nos flutuar, transpor muros dos castelos de gelo.
Ela purifica os seus sentimentos, petrificados pelo pesadelo.
Poesia é autenticidade, espontaneidade do coração.
Corpo e alma postos em liberdade, versos e estrofes cheios de emoção.
A poesia não vai sumir fácil, como riscos de giz na tempestade.
Vai ficar no coração dos humanos, celebrando o amor e a amizade.
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...ªª@rthur@raújo*

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O TRISTE SOFRER*
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O mundo caminha sempre para frente, sempre progredindo todos nós disso sabemos!...
Que você não fique ai estacionado, porque sendo assim você desdiz de sua condição humana.
É triste sofrer; é mais triste não saber sofrer ou sofrer inutilmente.
Poderá ser bom sofrer; é melhor não fazer que os outros sofram; é também muito bom fazer que os outros não sofram; contudo, será melhor sofrer pelos outros, ou sofrer para que os outros não sofram.
É duro dominar-se, porém nos sentimos gratificados quando conseguimos a própria superação.
Na história da humanidade, os que alcançaram a glória são os que mais se superaram.
A superação, em todas as ordem, é lei fundamental na vida do ser humano.
A semente tem que sofrer as desfazer-se e apodrecer no seu da mãe terra; mas multiplica-se na opulência da espiga; sem o grão, que sofre e apodreceu, não teria havido espiga.
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...ªª@rthur@raújo*

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Nada...
Apenas o silencioso grito.
Esta ausência como demora de bocas antes do beijo,
ou os dedos fingindo teus cabelos,
ou teu nome apenas sibilado na lentidão das horas,
cativo desta espera desenho teu corpo no pêndulo dos dias...
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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Profunda Exaustão*
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Muito mais que de pão do corpo, necessitamos de pão do espírito.
Se as células do campo fisiológico sofrem fome e reclama alimentação, mesmo a mais comum, as necessidades e desejos, impulsos e emoções da alma provocam, por vezes, aflições desmedidas, exigindo mais ampla alimentação espiritual.
As energias parecem esgotadas e as esperanças se retraem apáticas, pois há momentos de profunda exaustão, em nossas reservas mais íntimas.
Instala-se a sombra dentro de nós, como se espessa noite nos envolve-se sob o manto noturno, embora guardemos fontes de entendimento e flores de boa-vontade, na vasta extensão do nosso país interior, tudo permanece velado pelo nevoeiro de nossas inquietações.
O Todo-Misericordioso, contudo, ainda ai, não nos deixa completamente relegados à treva de nossas indecisões e desapontamentos.
Assim como faz brilhar as estrelas fulgurante no alto, desvelando os caminhos constelados do firmamento ao viajor perdido no mundo, acende, no céu de nossas idéias, convicções novas e aspirações mais elevadas, a fim de que nosso espírito não perca na viagem para a vida superior.
"Nunca te deixarei, nem te desampararei"
____ Promete a Divina Bondade.Nem solidão, nem abandono.
A Providência Celestial prossegue velando...
Mantenhamos, pois, a confortadora certeza de que toda tempestade é, seguida pela atmosfera tranqüila e de que não existe noite sem alvorecer.
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...ªª@rthur@raújo*

domingo, 10 de agosto de 2008

SÓ LEMBRANÇAS*
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Hoje, manhã nublada imagino sua sombra na areia da praia tão perto daqui.
E no fim da tarde o cantar do melro no amarelo doirado do sol em fim de mais um dia sem você.
E da minha janela no inamovível tempo em que me sento...
Nem sequer a melancólica aragem, nem o restolhar da memória, como inseto na flor.
Nem o mel silvestre da infância, nem o vime, nem a aurora do sonho, nem o cântico nas igrejas...
Apenas o alvoroço tardio, e esta janela no caminho visualizando os transeuntes ao longo da praia, faço como trono sentado em meu banquinho as lembranças de tua presença, e meus dedos desfiando lembrança.
E o mistério inaudito das palavras, e o perfume da dor em tua ausência...
Fenecem as grinaldas, que as cores são apenas nevoeiro dos sentidos.
Agora o vinho é espessura em bocas de desejo e, teu corpo o porto ardendo como lava em que me extingo...
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...ªª@rthur@raújo*