domingo, 10 de agosto de 2008

SÓ LEMBRANÇAS*
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Hoje, manhã nublada imagino sua sombra na areia da praia tão perto daqui.
E no fim da tarde o cantar do melro no amarelo doirado do sol em fim de mais um dia sem você.
E da minha janela no inamovível tempo em que me sento...
Nem sequer a melancólica aragem, nem o restolhar da memória, como inseto na flor.
Nem o mel silvestre da infância, nem o vime, nem a aurora do sonho, nem o cântico nas igrejas...
Apenas o alvoroço tardio, e esta janela no caminho visualizando os transeuntes ao longo da praia, faço como trono sentado em meu banquinho as lembranças de tua presença, e meus dedos desfiando lembrança.
E o mistério inaudito das palavras, e o perfume da dor em tua ausência...
Fenecem as grinaldas, que as cores são apenas nevoeiro dos sentidos.
Agora o vinho é espessura em bocas de desejo e, teu corpo o porto ardendo como lava em que me extingo...
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...ªª@rthur@raújo*

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