sábado, 13 de dezembro de 2008

Saudades*

Cada silencio desse teu doce som
É agonia desta minha melodia aflita
Essa ausência que me consome
É mágoa que o destino dita
Ai, ferida que ardes mas não extingues
Adormece-me para que eu deixe de sentir
Esta dor lúgubre que me finge
E que me impede de fugir
Regressa ao meu corpo
Peregrino que me mentiu
Para que cures estada saudade
De um tempo que me iludiu
Ai fruto que floresce a cada dia
Torna-te infértil para que eu acredite
Que a dor que por agora sofro
É apenas minha e que em ti não subsiste
Ai, por que me roubaste
A pedra que a mais ninguém pertencia
E o amor que mostraste
Foi ilusão de um doce dia
E essa certeza que me incutiste
Foi mentira de um falso desejo
Esse tesouro que a mim furtaste
Foi passado, de um mágico desfecho.
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...ªª@rthur@raújo*

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