sexta-feira, 12 de setembro de 2008

CAMINHO ILUSÓRIO*
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A busca solitária de Deus é um ato egocêntrico e preferencial.
O místico vulgar não mergulha em si mesmo para encontrar
em Deus a relação com o mundo, mas, pelo contrário
desliga-se do mundo e liga-se isoladamente a Deus.
Não é guiado pelo amor à Humanidade, mas pelo amor de si mesmo.
Prefere elevar-se acima dos outros para encontrar em Deus o refúgio
e a fortaleza em que poderá construir e usufruir sozinho a sua
felicidade particular. Prefere a fuga ao mundo,
em termos de superioridade pessoal e portanto egoísta, anti-religiosa,
à ligação com o mundo e com Deus para a realização da unidade
global que é o objetivo da religião.
A diferença absoluta entre a posição do Cristo e das chamadas
religiões orientais é precisamente essa.
Enquanto essas religiões orientais abandona o mundo para
buscar a Deus na solidão,
o Cristo mergulha no mundo para religar os homens a Deus.
A ação dessas religiões orientais é subjetiva e
contrária à experiência do mundo, enquanto a ação do
Cristo é objetiva, considerando a experiência do mundo
com o necessária ao desenvolvimento da
experiência de Deus no homem.
Meio milhão ou mais de pessoas entregues à meditação
para tentar a ligação pessoal de cada uma delas
com Deus não representa um esforço coletivo de unidade
- uma ação religiosa mas simples coincidência de
esforços particulares e isoladas, como vemos na
busca do ouro nas regiões auríferas.
Não se trata, pois, de uma ação coletiva e sim de milhares
de ações individuais e egoístas.
Jesus Cristo disse: A muitas moradas na Casa do Pai.
Isto é a chave indispensável à compreensão desse problema.
A evolução de cada um de nós no mundo
atual que vivemos hoje na Terra,
Deus concede ao ser humano de boa-vontade
para vencer as suas imperfeições,
seja ele(a) desta ou daquela religião ou de nenhuma delas.
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...ªª@rthur@raújo*

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